Vimos que em Goa, como se trata de um pequeno vilarejo no sul da Índia, 60 mil pessoas falam o idioma português. Muitos porque gostam, acham bonito, mas abordam no documentário sobre a ausência cada vez maior desse, pois os que falam o português são pessoas antigas, dentre eles explicadores (professores), donos de comércio.
Em Moçambique 8 milhões de pessoas falam português. No documentário, onde Maia Couto, biólogo, escritor, o local é como se fosse uma ilha dos portugueses o mesmo sempre retorna a sua terra natal, não como biólogo, mas como escritor. O mesmo retrata que o idioma português teve muitas influências culturais como a dos africanos que introduziram na língua portuguesa alguns fatores de mudanças, sendo que essa língua aceita muitas tonalidades, variações, não só do ponto de vista linguístico mas como ela pode, assim, traduzir culturas. Dessa forma escritor Couto, enfatiza o sentido que Manoel de Barros dar ao "sujar" o idioma português.
Nota-se que em Portugal, 10 milhões de pessoas falam o português. Sofia Meireles e Uliengue Almeida, estudantes que participam do documentário, retratam a rotina, o dia-a-dia em Lisboa, afirmando ser um lugar acolhedor, com aspecto de aldeia, onde todos os vizinhos se conhecem e vivem a conversar das suas janelas.
O escritor Português, José Saramago, relata sobre as normas gramaticais, quais sempre existiram, porém a linguagem passou do estágio rudimentar para o mais complexo. Abordou também sobre o padre brasileiro Antônio Vieira, século XVII, qual defendia os índios, foi diplomata, orador... Citou uma fala do Pe. "São as afeições como as vidas, que não há mais certo sinal de terem de durar pouco, que terem que durar muito". de fato, queria dizer que quanto mais tenhamos vivido muito tempo com pessoas queridas é sinal que teremos pouco tempo para viver com elas. Segundo Saramago, ao usar a fala de Pe. Antônio Vieira, para retratar que estaríamos em um processo de involução, pois em tempos passados, falavam-se mais, de forma complexa e atualmente a fala está sendo cada vez mais sintetizada.
No Brasil, 170 mil pessoas falam português. O documentário começa com um vendedor ambulante, vendendo doces em transportes no Rio de Janeiro - Central Leblon. Com uma linguagem muito rebuscada, em tom muito cativante o mesmo encanta e vende seus doces.
Retomando ao sul da Índia, mais especificamente na aldeia Loutalm, foi visitada a casa do ilustrador Mário Miranda, a qual pertenceu aos seus antepassados, datada de 320 anos, conta que ali, levavam uma vida muito a vontade, aconteciam paródias, festas, bailes... Um músico fala sobre a calmaria que ainda se passa na aldeia, que não evoluiu tecnologicamente, conta que desde pequeno sempre ouviu a programação passada pela emissora de Goa em português, nada da Índia.
Em síntese, o documentário retrata que seja onde for, a língua portuguesa está presente sempre com suas peculiaridades regionais, seus vícios linguísticos, mas isso não se tira nada do corpo da língua portuguesa, por ser um corpo espelhado, assumindo diferentes formas a cerca de determinadas localidades. No Brasil, por ser um país com tamanha extensão, culturas diferentes, o nosso português varia de um estado para outro, tomando formas diferentes para cada palavra.
Imagem, acesso 28/11/2014 em: http://www.tradutoronline.ws/português
Vídeo, acesso em 28/11/2014 em: https://www.youtube.com/watch?v=sTVgNi8FFFM
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