No dia 05 de novembro, a profª Célia Regina solicitou trabalharmos em grupos a obra de Lima Barreto, O trieste fim de Policarpo Quaresma, nos dando a dica de baixar essa obra no "domínio público", dividiu a sala em 3 grupos, ficando cada um com uma das partes que é dividida a obra. Ficamos com a 2ª parte, a composição do grupo foi a seguinte: Liliane, Joaquim, Lara, Georgea, Francisco, Anderson, Kelly e John.
Ao produzir uma literatura inteiramente desvinculada dos padrões e do gosto vigente, recebe severas críticas dos letrados tradicionais. Explora em suas obras, as injustiças sociais e as dificuldades das primeiras décadas da República. Com seu espírito inquieto e rebelde, Lima Barreto entrega-se ao álcool.
Em "O triste fim de Policarpo Quaresma", Segundo o crítico literário Alfredo Bosi, o escritor cria um personagem e consegue retratá-lo em terceira pessoa não como se fosse só uma projeção das situações vividas, o autor previu que a resistência cultural seria a arma para globalização.
2ª PARTE:
Ao sair do manicômio, Quaresma juntamente com sua irmã Adelaide, procuraram viver em um sítio, sugerido pela sua afilhada Olga. Nesse sítio batizado de Sossego, localizado no interior do Rio de janeiro, ele tiraria seu sustento pois acreditava que nas terras brasileiras, sua amada pátria, tudo que se plantasse colhia. Juntamente com Anastácio, seu ajudante que não entendia o porque de Quaresma estar a consultar tantos livros e tantos cálculos para se plantar, ensinando-lhes humildemente a capinar e a tomar gosto pela vida simples do campo. Ao receber a visita do tenente Antonio Dutra, Policarpo não se mostrou interessado nos assuntos políticos que o contava e também fez pouco caso quando o tenente o alertou que iria passar por dificuldades.
Morador de um bairro no subúrbio do Rio de Janeiro, Ricardo era admirador de Quaresma, cantava e compunha modinhas com seu violão, porém muitos na época não te dava ouvidos, por isso a sua aproximação maior com Quaresma, esse te ouvia e lhes enchia de elogios. Ricardo fez um sacrifício e, em troco de uma cantoria no casamento da filha do general Albenaz (Quinota) o solicitou as passagens para visitar o velho amigo no interior.
Olga também havia se casado na semana seguinte, em uma cerimonia simples, indo morar com seu pai. Quaresma não foi ao casamento da sua estimada afilhada, mas lhes enviou um leitão e um peru do sítio e lhes escreveu uma carta se justificando, Policarpo, na verdade estava muito contente com aquela vida no campo não querendo se ausentar nem por pouco tempo. Ricardo passou um mês por lá com seu grande admirador, concordando que a vida é boa no campo e pode progredir, envolvendo-se também com políticos da vila dos quais Policarpo sempre se esquivava. Olga, também com seu marido, também foi passar alguns dias no sítio do seu padrinho, seu marido, mesmo sendo doutor, habituou-se logo ao lugar, havendo só algumas discordâncias com Policarpo quanto ao uso de adubos no solo, qual Policarpo defendia que o solo brasileiro é rico e que não precisaria de tal substância. Quaresma leu no jornal, criticas a sua pessoa, acusações infundadas.
Dona Adelaide, já chegada aos 50 anos, pouco mais velha que seu irmão, aparentavam saudáveis. Policarpo nunca havia refletido sobre o que seria o amor, na luta incessante de provar que a solução de tudo estava nas terras produtivas, sempre se embaralhando nos cálculos para contabilizar lucros. Sempre de braços abertos a abrigar mais pessoas no seu sítio, todos sem teto que lhes procurava tinham ali um certo acolhimento. Com suas experiências, inventou um tipo de inseticida, pois a sua lavoura estava sendo atacada por formigas, no entanto, a colheita ainda foi boa, dando para adquirir mais maquinários.
O Presidente da Câmara Dr Campos o visitou, fazendo-lhes propostas ilícitas para burlar eleições, Quaresma homem direito, recusou. Como castigo pela recusa, logo Quaresma recebe ordem oficial para limpar todas as estradas de suas terras e outro com multas por transportar sua produção sem pagar impostos, ambas assinadas pelo Dr Campos. Ao abrir o jornal e se deparar com a notícia de que exigiam deposição do presidente Marechal Floriano, qual lhes tem apreço, logo seguiu ao telégrafo enviando-lhes a seguinte mensagem: "Marechal Floriano, Rio. Peço Energia. Sigo já - Quaresma."
Todos apoiavam a permanência do presidente Floriano, no entanto, Dr Armando, esposo de Olga, sempre ambicioso via na revolta, uma possibilidade de crescer, fazendo com que Olga perdesse interesse por ele. O pai de Olga não toma partido e também não concorda com o envolvimento de Quaresma com a revolta.
Materiais consultados:
Disponível em: http://www.e-biografias.net/lima_barreto/ Acesso em: 02/12/2014;
Bosi Alfredo, Editora Cultrix, 47 Edição, 1994. pg. 341
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